Eu só quero contar histórias
Uma história.
Eu só quero contar histórias.
Eu só quero viver histórias.
Eu só quero criar histórias.
Provavelmente pela ordem contrária.
É de histórias que eu existo:
Daquelas que aconteceram,
daquelas que estão por escrever.
Das fictícias e das verídicas.
Que importa?
(São detalhes...)
A realidade e a imaginação inspiram-se mutuamente
e o resultado dessa simbiose
é tudo o que interessa.
Eu só quero contar histórias.
Mas fico perdida nos entretantos:
Nos espaços vazios,
entre um parágrafo e depois outro.
Nas páginas finas,
entre um capítulo e depois outro.
Não tenho tempo que chegue para a minha vida.
Não tenho tempo para viver histórias.
Não tenho tempo para criar histórias.
Não tenho tempo para contar histórias.
Dêem-me tempo,
ou antes:
Pare-se o tempo!
Pare-se o tempo!
Que Deus cruel, o Tempo.
- Ó Tempo, deixa-me contar histórias,
tudo o que eu quero é contar histórias!
Fica-se a saber que há várias ferramentas para o fazer.
Há variadíssimas formas de contar histórias:
Há cores, há pincéis,
Há movimentos, há notas musicais.
Há palavras, há poemas,
Há ritmos...
Raios,
Cheiro a cerveja, estou toda pegajosa.
Antes que se cheire a vinho!
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