Névoa
A névoa distante
Que se aproxima,
Aprochega, fulminante.
E o silêncio
Ensurdecedor
Dá asos à voz
Feita d'amor.
Quem és tu?
Quem sou eu?
É tudo amargo
Em teu redor.
A lentidão
Em palavras declamadas.
A imensidão
De silabas aglomeradas.
Extasiada…
Depois do tudo
Vem o ser nada.
Como é possível
Sentir o mundo
E o intangível?
Estas palavras
Cor-de-burro,
São sentinelas
Cor-de-musgo.
Quem és tu
Quando eu não sou?
Quem sou eu
Quando não estou?
Faço rimas absurdas.
Digito ideias sem sentido…
Crio realidades fictícias
Num mundo
Onde a verdade
É uma mentira.
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