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A mostrar mensagens de setembro, 2022
 POREM, NO ENTUDO, CONTANTO

A saia vermelha

Ainda nem passou um mês e já está de volta, esta ânsia de sentir. De saia arregaçada e ventre revolto, mergulho os pés - talvez a essência - em água doce. A saia. É apropriada ao momento: vermelha cor-de-sangue manchada de pequenas flores brancas.  Passa uma brisa pelo corpo que me arrepia os braços. A caneta também. A página vira, dando a entender, de forma subtil, que é hora de seguir. Ainda assim, continuo aqui. Levantar-me significa encarar a pergunta: para onde quero ir?

tédio desenhado

Que parvoíce, desenhar... Que parvoíce ainda maior desenhar espelhado. A esquerda está à direita e os ângulos todos trocados. O mundo está virado ao contrário! As palavras também. Que se foda a realidade! Que aborrecido, desenhar o que já existe... Ainda mais chato é pensar em como a sua existência existe. (São as palavras que me salvam de mim)