É isto a que chamamos amor?

Tudo o que ouço de ti é silêncio.
Um silêncio tão alto, que ensurdece a alma.
Um silêncio tão profundo, que inquieta o pensar.

Tudo o que vejo em ti é ausência.
Uma ausência tão grande, que ofusca  o sorriso.
Uma ausência tão vasta, que vence o olhar.

Mais um.
Outro ser de mãos frágeis,
Que deixou cair um bocadinho de mim.
Eu recolho os pedaços e colo-os com jeitinho, trocado as peças, reconfigurando a sua disposição, numa tentativa desesperada de criar uma defesa mais resistente, enquanto me pergunto:
“É isto a que chamamos amor?”

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