Fumar o tempo

Hoje ouvi uma expressão estranha. O estranho, o anormal, o esquisito são portadores de uma beleza diferente. Uma beleza inestética, desproporcional e assimétrica. Fumar o tempo, disseram-me. Há conversas que são como fumar o tempo. Em que o mundo se transforma num nevoeiro distante, uma névoa branca indiferente. E estás tão concentrado nas palavras que o tempo para, os problemas são figuras distantes e absorves cada gesto e cada som. Como se fossem objetos concretos, capazes de serem fumados.

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