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A mostrar mensagens de agosto, 2018

Fumar o tempo

Hoje ouvi uma expressão estranha. O estranho, o anormal, o esquisito são portadores de uma beleza diferente. Uma beleza inestética, desproporcional e assimétrica. Fumar o tempo, disseram-me. Há conversas que são como fumar o tempo. Em que o mundo se transforma num nevoeiro distante, uma névoa branca indiferente. E estás tão concentrado nas palavras que o tempo para, os problemas são figuras distantes e absorves cada gesto e cada som. Como se fossem objetos concretos, capazes de serem fumados.

A tempestade chegou

A tempestade chegou.  Inundou a alma com uma sinfonia ritmada,  tal orquestra afinada,  balançando entre pingos e salpicos,  relâmpagos e trovões. A chuva, o cheiro, a terra.  O som e a escuridão pincelada de luz.  Sente-se-lhe o sabor agridoce  de uma beleza avassaladora,  recheada de fúria, de paz, de medo e de força.