Neurónios danados
Devia dormir, parar de sentir. Mas não consigo calar aquela voz infernal, que não sabe ir embora. Hiper-atividade cerebral oscila, vacila, navega entre o que já foi e o “agora”. É hora de apagar. Neurónios danados, que na hora de descansar ficam todos excitados. E eu viro neurótica, Rebolando, bufando… (E depois há quem se queixe que me apeteça gritar.) Não dá para deixar de pensar. Não consigo não imaginar “ses”: Se fizesse, se não tivesse feito. Se quisesse, se houvesse efeito. Raio de possibilidades, um mundo de probabilidades. Como posso fazer tudo, acabo por não fazer nada.