pensamentos aleatórios

A luz do anoitecer é a minha preferida. Aquele instante em que um mundo prestes a cair na escuridão sorri perante o abismo. Um tímido brilho em tons de laranja e violeta ilumina os céus pela última vez; e desaparece, lentamente, suavemente, subtilmente. Dá vez ao escuro, que em toda a sua opulência guia os mistérios da noite e os segredos da lua.

  Dona de uma beleza sem igual, a Lua, eterna donzela, brilha delicadamente. Hoje traja dourado, num elegante vestido de corte crescente. Independente, forte e orgulhosa. Segura e eterna. Como todas as mulheres tem fases e humores. Há noites em que não aparece, mas decidindo mostrar-se, é dona dos céus. A Lua, essa ninfa dos poetas e musa dos pintores.

Já não sei escrever cartas de amor. Ficaram guardadas sem alento num lamento, numa gaveta escondida, incompreendida numa era que já não existe (Ou que nunca existiu) Já não sei dizer poemas de amor. Ficaram esquecidos no tempo num momento, numa memória vazia, perdida num lugar que já não existe. (Ou que nunca existiu)